Dados do Ministério da Saúde apontam que AVC mata mais mulheres do que câncer de mama

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Quando se pensa em saúde da mulher, um dos principais problemas pontuados é o câncer de mama, devido à sua alta incidência e às campanhas amplamente divulgadas. No entanto, dados do Ministério da Saúde apontam que o Acidente Vascular Cerebral (AVC) levou à morte de um número maior de mulheres do que esse tipo de câncer.

“Desde 2008, o AVC acomete mais de 100 mil pessoas por ano no nosso país, fora o que é subdiagnosticado. Ele está entre a primeira e a segunda maior causa de morte a cada ano. O que mais chama atenção é que o AVC, classicamente, é uma doença da idade. O risco aumenta a cada década a partir dos 55 anos, mas ele vem aumentando principalmente na população jovem e entre mulheres”, explicou o neurologista Alexandre Pieri.

Apesar de mais comum entre a população masculina, o AVC tem acometido um número cada vez maior de mulheres devido à frequente exposição aos fatores de risco. “O AVC é discretamente mais comuns em homens, mas o importante é que essa diferença vem diminuindo a cada década. Se nós pegarmos, por exemplo, a população dos maiores de 60 anos, nós vamos ter muito mais mulheres com AVC porque a mulher ainda vive mais”, afirmou.

“Provavelmente é porque ela começou a adquirir hábitos que anteriormente não eram tão comuns a ela. No momento que elas vão para o mercado de trabalho, ficam mais expostas aos fatores de risco cardiovasculares modificáveis, esse risco vai aumentando”, acrescentou o especialista. Entre os fatores mais comuns estão pressão alta, diabetes, colesterol, circunferência abdominal aumentada, hábitos como tabagismo, etilismo excessivo, além de estresse.

De acordo com o neurologista, o mais importante para o tratamento é reconhecimento e ação rápidos. É possível identificar o problema a partir do teste SAMU: “S” de sorriso, a pessoa deve sorrir para se observar se a boca fica torta; “A” de abraço, é preciso pedir um abraço para verificar a força nos braços; “M” de música, a pessoa deve cantar para saber se a voz está embolada; “U” de urgência, que é a necessidade de atendimento médico urgente em caso de identificação de algum dos sinais.

Fonte: Bahia Notícia

Foto: Shutterstock

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