A competição entre taxistas e motoristas de aplicativos como Uber foi tema de debate no Plenário da Câmara dos Deputados nesta terça-feira (4), em Brasília. Apesar de o relatório sobre o Projeto de Lei 5587/16 delegar às autoridades locais a regulamentação, vários deputados pediram que os taxistas não sejam prejudicados com a competição dos motoristas de aplicativos. Os parlamentares defendem que o transporte individual seja exclusividade os condutores dos táxis.
O deputado Silvio Costa (PTdoB-PE) chamou o Uber de transporte pirata. “Esse Uber já está proibido na China, na Dinamarca. Ele usa pessoas desempregadas sem proteção social e faz precarização do trabalho”, criticou.
Para o deputado Major Olimpio (SD-SP), só poderá ser considerado legal quem tem placa vermelha e seja motorista profissional, caso dos taxistas. ‘Esses aplicativos sugam o profissional brasileiro, extorquindo 25% de ganhos sem qualquer direito trabalhista’, disse.
Segundo a diretoria do Uber, o projeto pode acabar com o ‘direito de ir e vir’ do cidadão. ‘Há quase 3 anos, a Uber chegou ao Brasil oferecendo uma alternativa de transporte nos centros e nas periferias das cidades, além de uma oportunidade econômica para dezenas de milhares de pessoas. O brasileiro abraçou essa nova tecnologia, que agora é parte de sua rotina’, defende a empresa, por meio de comunicado.