A Polícia Federal (PF) encontrou impressões digitais do ex-ministro Geddel Vieira Lima no apartamento do bairro da Graça, em Salvador, onde foram encontrados incríveis R$ 51 milhões em dinheiro vivo.
As digitais foram identificadas em malas e caixas onde estavam estocadas as cédulas. A fortuna atribuída a Geddel foi a maior quantia em espécie já apreendida na história do país. A PF investiga agora a origem da dinheirama.
Nesta quarta-feira, 6, o empresário Sílvio Silveira confirmou à PF que emprestou ao ex-ministro o apartamento no Residencial José Antônio Azi, na rua Barão de Loreto.
Em depoimento, ele declarou que não sabia que o peemedebista vinha usando o imóvel como um “bunker” para guardar dinheiro. Silveira contou ainda que Geddel pediu o apartamento para estocar pertences do pai, morto em janeiro de 2016.
Contagem dos valores
O dinheiro foi encontrado na terça, 5, durante buscas ordenadas pelo juiz Vallisney Oliveira, da 10.ª Vara Federal de Brasília, no âmbito da Operação Cui Bono?, investigação sobre desvios milionários na Caixa – instituição da qual Geddel foi vice-presidente no governo Dilma.
A PF levou cerca de 12 horas para fazer a contagem dos valores. Uma empresa transportadora de valores cedeu oito máquinas e onze funcionários para a conferência.
O ex-ministro está em prisão domiciliar em Salvador. Ele ainda não se manifestou sobre a fortuna que os investigadores suspeitam ter origem em atos de corrupção