Os Correios e o Banco do Brasil chegaram a entendimento para a continuidade dos serviços do Banco Postal e decidiram manter até pelo menos o dia 31 de janeiro de 2018 o funcionamento das 440 unidades que estavam previstas para serem fechadas na Bahia. O anúncio da suspensão do serviço foi divulgado pelo Correios no último dia 29.
“Nos próximos quatro meses, as duas instituições irão negociar alternativas para viabilizar a permanência da parceria”, afirmou a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) em nota enviada nesta quinta-feira (5) ao CORREIO.
Criado em 2002, no final do governo de Fernando Henrique Cardoso (PSDB), e ampliado no governo de Luís Inácio Lula da Silva (PT), o serviço de Banco Postal dos Correios está presente em praticamente todas as cidades da Bahia.
Durante esse tempo, o Banco Postal tem sido a única opção de serviços bancários em boa parte das cidades onde elas estão instaladas, tendo começado primeiro com operações do banco Bradesco e depois, em 2011, passou para o Banco do Brasil.
No Banco Postal, são oferecidos serviços de abertura de conta corrente (pessoa física e jurídica), cartão de crédito, empréstimos, pagamento de salários, de títulos e convênios e benefícios do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS).
A Empresa de Correios e Telégrafos, que caminha para um processo de privatização, havia informado que o encerramento das atividades das unidades do Banco Postal eram os altos custos com manutenção e segurança das agências.
Depois que as agências do Correios passaram a oferecer o serviço de Banco Postal, muitas delas, sobretudo em pequenas cidades, viraram alvos constantes de bandidos, que sempre agem em início de mês, quando os aposentados recebem o benefício.
De acordo com o INSS, 137.962 aposentados e pensionistas da Bahia recebem benefícios por meio do Banco Postal, que caso venha a fechar, provocará a transferências de 1.231 benefícios para outros municípios.
O CORREIO tentou falar sobre o assunto com o Sindicato dos Trabalhadores dos Correios e Telégrafos do Estado da Bahia (Sincotelba), mas o presidente da sindicato Josué Canto não atendeu as chamadas ao celular.