O Ministério Público estadual recomendou a suspensão do concurso público da Polícia Civil da Bahia até que sejam “suficientemente apuradas e esclarecidas” as supostas irregularidades apontadas no processo seletivo.
A recomendação, de autoria das promotoras de Justiça Heliete Viana e Rita Tourinho, foi encaminhada ontem (21), ao secretário de Administração do Estado da Bahia, Edelvino da Silva Góes Filho, e ao diretor-presidente da Fundação Vunesp, empresa responsável pela execução do certame. Com vagas para delegado, escrivão e investigador, o concurso foi realizado no último dia 22 de abril.
Segundo a recomendação, foram protocoladas no MP “diversas” notícias de supostas irregularidades ocorridas durante a aplicação das provas da primeira e segunda etapas do concurso. Entre elas, o uso de aparelho celular para fotografar o momento de aplicação da prova; ausência de identificação formal dos candidatos; retirada do gabarito antes do término do tempo estabelecido para a realização da prova; deficiências na fiscalização e descumprimento da proibição de o candidato levar consigo o caderno de prova após a finalização do tempo regular.
As promotoras de Justiça afirmam que as irregularidades apontadas foram noticiadas com cópias de fotografias de candidatos com aparelhos celulares no momento da realização da prova, reproduções de conversas realizadas entre candidatos via aplicativo de telefones celulares e registros nas redes sociais online. Para Heliete Viana e Rita Tourinho, as “provas colhidas, quando confrontadas com informações prestadas por autores das notícias de fato, apontam para a ocorrência de graves falhas na atuação da equipe de aplicação das provas, em diversos locais que sediaram a primeira e segunda etapas do concurso público”.