A notícia de que o Hospital Regional Dr. João Campos corre o risco de ser fechado por conta da suspensão de repasse do SUS (Sistema Único de Saúde) para a realização de cirurgias eletivas, deixou a população de Riachão do Jacuípe apreensiva. A decisão, do governador Rui Costa, através da Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab), foi anunciada na última quinta-feira, 5.
Com a determinação, todas as cirurgias passam a ser realizadas no Hospital Municipal, sob a administração da ISAS (Instituto de Saúde e Ação Social). A preocupação é com a superlotação que pode acarretar essa nova realidade.
O presidente da Fundação Dr. Lauro da Costa Falcão, Célio Roberto, mais conhecido como Celinho, afirmou que se a decisão for irreversível, o Hospital Regional vai fechar as portas. “Realizamos entre 120 a 150 cirurgias por mês para pacientes de Riachão do Jacuípe e outras cidades vizinhas. Será um grande prejuízo. Além do atendimento ao paciente, tem também as 52 famílias que não terão mais a renda daquele emprego”.
Ainda segundo Celinho, não houve nenhuma discussão anterior sobre o problema e a decisão foi tomada unilateralmente. “Nunca fomos chamados para tratar sobre o assunto. Apenas fomos convocados para receber a notificação. Nem a Sesab, nem a Secretaria de Saúde do Município tratou sobre esse assunto anteriormente”.
A redação do Jacuípe News tentou contato com a Sesab e com a secretária de Saúde do Município, Juliana Carneiro, para saber o motivo da suspensão, porém, não obtivemos respostas.
De acordo com o presidente da Fundação, o motivo apresentado para ele foi de que a preferência para a realização das cirurgias é do Hospital Municipal, depois algum hospital filantrópico e por último um de origem particular.
Em nota, a Fundação afirmou que a decisão era fruto de “ações que fazem parte de manobras políticas do Poder Executivo de Riachão do Jacuípe, cuja atuação é tão somente no sentido de promover o desmonte não só da saúde municipal, mas também de outros setores que podem proporcionar grandes avanços na melhoria dos indicadores de uma melhor qualidade de vida da população jacuipense”.
Por: Filipe Oliveira