Em entrevista ao JN Carlinhos Matos nega que deixará o DEM mas não esconde aproximação com o PP

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A possibilidade de Carlinhos Matos (DEM) deixar sua atual sigla partidária e se filiar ao PP soou como uma bomba pós eleições 2018. Ao receber a informação, o site Jacuípe News entrevistou com exclusividade o ex-vereador e líder do Grupo Valfredista para saber seu rumo visando as eleições de 2020.

A informação da ida para o PP foi negada pelo político. Ele respondeu a diversas perguntas sobre o processo eleitoral de 2018 e também o que se aproxima: 2020. Uma ida para a base do governador Rui Costa também, foi negada e reafirmou que o resultado da votação para deputados não reflete na eleição para prefeito.

Confira a entrevista na íntegra:

Filipe Oliveira – Surgiu rumores de que você estaria indo para o PP. É verdade?

Carlinhos Matos – Até o momento, tudo não passa de pequenas especulações. O simples fato de eu ter uma boa relação com as lideranças locais do PP, citando como exemplo o presidente da Câmara Marquinhos, o vice-prefeito Catarino Rios, o ex-vereador Orlando Menezes e outros, tem levado algumas pessoas a ventilarem essa possibilidade. O que é normal no mundo da política.
Nada além disso!

FO – Existe a possibilidade de você deixar o Democratas?

CM – Sou um dos raros casos no Brasil de político com uma única filiação partidária. Desde dos meus 18 anos que estou filiado ao mesmo partido. Mas este fato não quer dizer que um dia eu não possa mudar de sigla. Mas entendo que ainda não é o momento para discutir isso. Até porque, antes de tomar qualquer decisão, tenho que sentar com o grupo político do qual eu pertenço, como também tratar o assunto com o meu líder político a nível de estado, o deputado federal Paulo Azi.

FO – Ir para base do governador Rui Costa (PT) é uma alternativa?

CM – Sou um homem de posição firme! Isso eu sempre deixei claro ao longo do tempo.
No último dia 02, o candidato que eu apoiei, e que no meu entendimento era o melhor nome para governar a Bahia, o meu amigo José Ronaldo, perdeu a eleição para governador, então vamos respeitar o veredito das urnas.

FO – A votação dos candidatos de seu grupo foi a terceira em relação aos demais. Você acredita que isso seja uma dificuldade para 2020?

CM – Entendo que neste momento, qualquer análise sobre 2020 é algo muito prematuro, mas já que você perguntou, vamos lá: não avalio assim o resultado da última eleição. E, posso citar um grande exemplo para clarear melhor minha opinião. Na eleição de 2002, o então prefeito municipal, o nosso saudoso Valfredo Matos apoiou Fernando de Fabinho, para deputado federal, dando ao mesmo uma votação expressiva de 7.721 votos, contra 2.370 votos de Aroldo Cedraz que era o principal candidato da oposição. Já para deputado estadual, Valfredo deu 6.157 votos para Paulo Azi, contra 1.945 de Borgeu (que é filho da terra) e 830 de Emério Resedá. No entanto, dois anos depois Valfredão perdeu a reeleição para o ex-prefeito Laurinho.
Vale ainda registrar que as votações de Fernando e Paulo foram as maiores já registradas, para deputados, na história política do nosso município.
Além do mais, nessa última eleição demos a liberdade para que muitas lideranças do nosso grupo fossem apoiar outros deputados, fato que acho normal dentro da política. Isso de uma certa forma acabou causando uma divisão nos votos, mas nada que atrapalhe a unidade do grupo.

FO – O desfecho do segundo turno para as eleições presidenciais poderia ser um rumo? Principalmente se tratando do fortalecimento da direita em Riachão?

CM – Não vejo dessa forma. Até porque, o povo não tem seguido muito essa linha partidária/ideológica. Hoje em dia, o eleitor tem procurado votar na pessoa, no político sério, honrado, correto e repleto de bons princípios, o chamado Ficha Limpa, deixando de lado essa coisa de direita, esquerda, centro… e por aí se vai.

FO – Possibilidade de uma união entre as duas oposições de Riachão do Jacuípe, você e Lauro Falcão?

CM – Vamos trabalhar para fortalecer o nosso grupo, para que o mesmo possa apresentar uma candidatura com densidade eleitoral suficiente para vencer a eleição em 2020. Mas também não posso descartar o diálogo com outras lideranças oposicionistas, algo que considero primordial na política.

FO – Para finalizar: hoje, você é o nome do grupo para prefeito 2020?

CM – No nosso grupo existem vários nomes que reúnem totais condições de ser o nosso candidato, isso é fato! Mas é óbvio que eu tenho intenção de ser esse nome. Agora para isso acontecer, depende de três coisas: a permissão divina, a escolha pelo grupo e a aceitação popular. Mas, se o nome escolhido não for o meu, pode ter certeza que estarei firme junto com aquele que for apontado como candidato do grupo, para enfrentarmos o pleito municipal de 2020.

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