Alunos gritam “viva Bolsonaro”, atacam professora com ofensas racistas e desenham suástica

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Uma professora da Escola Estadual Conselheiro Ruy Barbosa, no bairro do Horto Florestal, em São Paulo, foi vítima de racismo dentro da unidade escolar. Segundo a vítima no boletim de ocorrência, os alunos da turma de 3º da escola desenharam uma suástica (símbolo do nazismo) e escreveram o nome de Odara Dèlé, de 30 anos, com a expressão “preta galinha”.

De acordo com a vítima, ela estava de folga no dia 1º de outubro e ficou sabendo do ocorrido no dia seguinte. “Mostraram fotos da porta da sala pichada com a suástica e com palavras bem ofensivas. Era para mim, porque tinha ao meu nome”, contou.

“A gente sempre tem essa imagem de que a escola é um ambiente de conhecimento, de se relacionar com o próximo. A suástica é o que me choca, porque simboliza o desrespeito e um momento em que se matou milhares de pessoas, judeus, deficientes. Quando se coloca o (símbolo do) nazismo, quer eliminar outras pessoas”, lamentou.

O caso foi repudiado pela Secretaria Estadual da Educação e está sendo investigado pela Delegacia de Repressão aos Crimes Raciais e de Delitos e Intolerância, local onde Odara registrou o crime. Segundo o boletim de ocorrência, três estudantes procuraram a coordenação e denunciaram outros três alunos, com idades entre 16 e 17 anos, como sendo os culpados das inscrições racistas. Um dos garotos confirmou a versão e o caso foi informado aos pais.

No Facebook, Odara contou que, uma semana antes do crime, quatro alunos teriam gritado “viva Bolsonaro” dentro da sala de aula.

Varela Notícias

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