Se depender dos adeptos das religiões de matriz africana e dos Jacuipenses, a tradição da Lavagem de São Roque ainda vai continuar por muitos anos à frente. A festa simboliza o grito das mulheres excluídas moradoras da rua do fogo, no Bairro Alto do Cruzeiro que são devotas do Glorioso São Roque.
Por muitos anos mulheres “prostitutas” da rua do fogo foram discriminadas e viram na Lavagem uma forma de buscar mais respeito e celebrar o santo protetor.
O evento aconteceu nesta quinta-feira, 15, em Riachão do Jacuípe, data que antecede o feriado de São Roque na cidade.
A concentração às 15h em frente a casa de “Dona Idalina”uma das idealizadoras da lavagem, e em seguida o cortejo passou pelas principais ruas de Riachão do Jacuípe, indo ao encontro do povo que se juntava ao belíssimo ritual até chegar nas escadarias da Igreja Matriz onde aconteceu orações e muita festa.
Maria do Rosário, conhecida por “Dona Branca”, homenageada pela lavagem, demonstrou bastante felicidade em poder colaborar em mais um ano com a lavagem.
“Eu tenho essa missão de ajudar essas mulheres na realização da Lavagem, minha mãe antes de morrer me fez esse pedido e eu enquanto estiver viva estarei me empenhando para que nada disso acabe”, revelou.
Zane Rios revelou que participa do evento a cerca de dez anos, e que trabalha em prol da preservação da cultura. “Nossas tradições devem ser mantidas em todos os movimentos culturais de Riachão do Jacuípe”, acrescenta.
O encontro foi embalado pela banda do biriba e seus músicos afinados bastante animados.
Redação Jacuípe News
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