A diretoria do Fluminense de Feira, realizou uma entrevista coletiva na tarde desta terça-feira (7) na sede do clube em Feira de Santana e comunicou que desistiu da contratação do ex-goleiro do Flamengo, Bruno Fernandes, após várias polêmicas e discussões sobre o assunto.
Bruno está em regime semiaberto desde julho de 2019, quase nove anos após a morte da modelo Elizia Samúdio em 2010. Ele foi condenado a 20 anos e nove meses pelos crimes de homicídio triplamente qualificado, sequestro e ocultação de cadáver, e ganhou direito ao benefício após ter cumprido o tempo necessário para progressão da pena.
As opiniões acerca das atitudes pregressas do goleiro, exaltaram os ânimos da sociedade feirense e o presidente do time, o deputado estadual Pastor Tom (Ewerton Carneiro), declarou que em virtude da manifestação popular, o Fluminense de Feira descartou a vinda do goleiro para a cidade de Feira de Santana.
“Ficamos felizes naquele momento em que os empresários se dispuseram a ajudar para trazê-lo para o clube, mas os últimos dias foram de muita confusão para mim, para a diretoria, para o Fluminense de Feira para minha família. Várias pessoas se manifestaram nas redes sociais favoráveis e contra. Ontem eu conversei com Bruno e ouvi ontem a imprensa de Feira, as pessoas nas ruas, e eu procurei me basear juridicamente no que isso poderia trazer negativamente ou positivamente para o Fluminense. No dia de hoje, depois de tudo que repercutiu, a nossa conclusão é que nós temos uma administração nova e não queremos aqui polemizar, muito pelo contrário, queremos resgatar aquelas pessoas que iam para o estádio, que voltem ao estádio. Nesse momento, eu quero dizer que o Fluminense está desistindo da contratação do mesmo, devido a manifestação popular”, declarou.
O presidente do Fluminense salientou que a desistência da contratação ocorreu a partir do apelo da torcida e da opinião do povo. Mas, isso não representa a sua opinião pessoal que é de poder ressocializar quem cometeu crimes ou errou.
“Foi o apelo do povo e só quem não ouve o povo é maluco. Ouvimos a maioria e desistimos. Respeitamos a torcida, todas as pessoas que falaram. Mas, não estou aqui para julgar. A bíblia diz que quem não tenha pecado que atire a primeira pedra. Eu como pastor evangélico tenho que lutar para ressocializar as pessoas. Em nome de Deus eu vou continuar fazendo isso”, finalizou.
Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade.
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