Desde que foram implementadas as medidas restritivas no combate ao novo coronavírus, os mais diversos setores comerciais e de serviços têm sofrido consequências da grave crise econômica que se instalou. Para tentar contornar os prejuízos e não parar completamente as vendas, muitos empresários têm apostado no comércio eletrônico.
Segundo uma pesquisa do Sebrae, 49% das empresas têm serviços online. No total, as vendas desse tipo de comércio cresceram 30% na Bahia, desde o início da pandemia.
Este é o caso de Fernanda Elpídio, dona de uma loja de produtos naturais, que está fechada. Ela precisou recorrer à internet para evitar o prejuízo.
“A gente já utilizava [o comércio eletrônico], mas o fluxo não chegava a 5% do que a gente tem feito hoje. Hoje o que vem sustentando a loja é o delivery, em rede social, a venda online. Hoje é 80%, 90% [do total de vendas da empresa]. O nosso e-commerce está em produção. A intenção é finalizar até o próximo mês, porque a gente acredita que vai aumentar o fluxo de venda. Mais fácil [para o cliente], por ter a opção do carrinho, você escolhe o produto, efetua o pagamento ali mesmo. E a gente só se encarrega de mandar a compra”, conta Fernanda.
Entre os segmentos que mais registraram crescimento nas vendas digitais estão o de tecnologia e o de alimentos, como restaurantes e lanchonetes. Farmácias e supermercados também estão na lista, mesmo mantendo as lojas físicas abertas. Para essas áreas, o aumento nas vendas virtuais já era esperado. O que tem chamado a atenção é a busca por outros tipos de serviços.
“Eu chamo atenção para a prestação de serviço, como a telemedicina, o serviço da educação física, o cuidado com o corpo, que cresceu muito. Quem imaginaria que, em tal horário, você estaria na sua casa, arrumado, para entrar online em uma sessão de educação física, dança, pilates?”, comenta Isabel Ribeiro, gerente da unidade de gestão estratégica do Sebrae-BA.
Para criar uma loja virtual, é preciso ter planejamento e uma reserva de dinheiro pra investir no negócio.
“Você precisa ter uma plataforma, você precisa amparar o seu negócio. Ter uma estrutura mínima de logística, porque você precisa distribuir a sua mercadoria. E você vai ter um custo de estar usando essa plataforma”, revela Isabel Ribeiro.
Alana Soares tem uma loja de roupas femininas em Vitória da Conquista e decidiu investir nas vendas pelas redes sociais.
“E senti a necessidade de movimentar o meu negócio, principalmente pelas despesas que eu tenho. Gostei muito do retorno [do comércio eletrônico]. Eu comecei na semana passada e achei bem interessante. O inverno vai chegando, e está havendo a demanda de roupas mais quentes, moleton, tricô… Para isso que tenho a venda”, conta Alana.
G1
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