Orca que encalhou em praia do litoral norte da Bahia é sacrificada: ‘Difícil decisão’, diz entidade

baleia orca que foi encontrada encalhada no sábado (1º), na Praia de Guarajuba, em Camaçari, cidade da região metropolitana de Salvador, precisou ser sacrificada neste domingo (2). A informação foi confirmada pelo Instituto de Mamíferos Aquáticos (IMA).

De acordo com a entidade, o animal, uma fêmea juvenil de cerca de 3,7 metros, estava “severamente debilitado, pouco responsivo e em estado nutricional ruim, expelindo odor pútrido na expiração e episódios de vômito, indicando um indivíduo com quadro patológico e sem condições de sobrevivência no ambiente natural sem o devido tratamento”.

Por causa disso, ainda no sábado, os veterinários decidiram remover a baleia da praia para uma piscina, para que ela recebesse suporte médico e passasse por exames para diagnóstico e posterior soltura. Com o apoio do Instituto do Meio Ambiente (Inema) e da Secretaria do Meio Ambiente de Camaçari, todo maquinário foi disponibilizado para o procedimento, mas a operação de remoção foi impossibilitada pela condição geográfica do local de encalhe e a subida da maré.

Segundo o IMA, a orca foi medicada no local, recebeu fluidos e passou a madrugada sendo monitorada. Ele foi arrastada pela maré sem tentativa de reação, rolando diversas vezes sobre o próprio eixo, até encalhar novamente na manhã deste domingo, o que possibilitou acesso da equipe para nova avaliação.

De acordo com a entidade, os veterinários concluíram que o animal já estava em sofrimento prolongado, além de detectarem luxação de nadadeira peitoral, o que inviabilizaria uma soltura e pioraria o prognóstico.

“Diante da situação, entendemos que, apesar da equipe não ter medido esforços para a recuperação desse indivíduo, alcançar o sucesso da operação se tornou uma questão de ego e resposta ao público, que colocava de lado o bem-estar animal. Foi tomada a difícil decisão, pelo bem do animal, de abreviar o seu sofrimento, optando pela eutanásia humanitária, que foi realizada de forma ética e indolor, através da administração endovenosa de anestésicos”, diz a nota do IMA.

A carcaça do animal será removida do local para realização de necrópsia, visando identificar a causa do encalhe e contribuir para a conservação da espécie.

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