O Ministério Público da Bahia (MP-BA) denunciou o ex-prefeito da cidade de Itagimirim, no sul da Bahia, o irmão dele e outro homem pela morte de Rielson Lima dos Santos, que era prefeito do município na época do crime, em julho de 2014.
Segundo informações do MP-BA, Rogério Andrade de Oliveira, à época do crime, era vice-prefeito de Rielson Santos Lima, tendo assumido o cargo com a morte e exercendo mais de dois anos de mandato. O suspeito foi preso no início de outubro deste ano, em uma fazenda em Camacan.
De acordo com o promotor de Justiça Helber Luiz Batista, os outros dois denunciados foram identificados como Sandro Andrade de Oliveira, irmão de Rogério Oliveira, e Jaimilton Neves Lopes. O segundo está preso e o primeiro, Sandro Andrade, está foragido.
As investigações da polícia continuam, pois há indícios de participação de pessoas ainda não identificadas no crime”, destacou.
A denúncia diz que no dia 29 de julho de 2014, por volta das 18h40, em um bar no centro de Itagimirim, Jaimilton Neves, a mando de Rogério Andrade de Oliveira e Sandro Andrade de Oliveira, chegou de moto no estabelecimento comercial e atirou na vítima. O então prefeito da cidade chegou a ser levado para o hospital, mas não resistiu aos ferimentos.
As investigações do MP-BA revelaram que a vítima e o denunciado Rogério Oliveira, quando formaram uma chapa para concorrerem aos cargos de prefeito e vice-prefeito de Itagimirim, nas eleições de 2012, contraíram diversos empréstimos. Os valores teriam sido emprestados por amigos íntimos do suspeito, que ficou responsável pela dívida, tendo Rielson Santos como seu avalista.
O Ministério Público informou que as investigações também apontaram que, em 2014, a elevação da dívida, aliada ao fato do então prefeito “se recusar a desviar recursos públicos para quitá-la”, gerou desentendimentos entre ele e o vice.
Outra coisa que causou desacordo entre eles, segundo o MP-BA, foi a aprovação do orçamento municipal pela Câmara dos Vereadores, que levou Rogério Oliveira, então vice, a romper com o prefeito publicamente, sendo assim todos os seus indicados exonerados de cargos públicos na prefeitura.
“De posse do cargo de prefeito, Rogério teria acesso aos cofres públicos para quitar a dívida e viria a nomear seu irmão para o cargo de secretário municipal”, afirmou o promotor na denúncia.
O MP-BA também informou que para executar o plano, Rogério Oliveira simulou uma reconciliação política com o então prefeito e, juntamente com o irmão, contrataram Jaimilton Lopes para executar o crime.
g1
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