Os professores da rede municipal de ensino da cidade de Araci, na região do Sisal, têm enfrentando problemas para receber o salário referente ao mês de dezembro, os valores retroativos e o terço de férias referente ao ano de 2020. Mesmo com a angústia dos servidores, de acordo com o secretário municipal de Educação, não há previsão de uma data para o recebimento dos vencimentos.
De acordo com o relato de uma professora que não quis se identificar, o descaso com a educação no município é antigo. Há mais de 15 anos lecionando na cidade, ela diz não se surpreender com o abandono. “Nosso pagamento de dezembro não foi pago, o antigo gestor já entregou a prefeitura e não temos respostas. Na quinta-feira passada ele disse que a folha já estava no banco, mas só seria pago na segunda-feira (4) quando o banco voltaria a funcionar, mas não há nada no banco. A APLB [Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia] joga para o Bradesco, o banco joga para a prefeitura e nós [seguimos] sem salário”, contou.
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia (APLB-BA), Rui Oliveira, disse que o sindicato terá de tomar medidas rígidas para contornar a situação. “Os trabalhadores da educação não podem ficar esperando, já estamos quase no dia 10. Então vou mandar mais uma vez um documento exigindo respostas por que as pessoas não podem ficar sem receber. Estou tomando providências com o Ministério Público, denunciando para ver com vão fazer, também vou buscar o Tribunal de Contas dos Municípios”, disse Oliveira.
O secretário municipal de Educação, Anastácio Oliveira, explicou que um problema burocrático está impedido o pagamento dos servidores. “Com essa mudança de gestão, tem que fazer uma assinatura digital no banco para fazer a liberação, foi feito o registro da ata em cartório como o banco exige tanto do novo prefeito quanto do novo secretário, já foi enviada toda essa documentação exigida pelo banco e estamos dependendo na verdade da senha por parte da instituição financeira”, disse.
Ainda de acordo com o secretário o banco não deu um prazo para finalizar o procedimento. “Eles informaram que depois que eles recebem, enviam para a central e depois eles fazem a devolução. Só estamos aguardando a senha. O dinheiro está em conta”, disse.
A reportagem tentou por dois dias contato com a prefeita Keinha (PDT), que no mandato anterior era vice do gestor, para repercutir a situação e ouvir quais medidas administrativas poderiam ser tomadas para que os professores tivessem acesso aos vencimentos, mas não obtivemos retorno. As informações são do site Bahia Notícias.
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