R. do Jacuípe: Ambulantes divergem quanto a valores cobrados para comercializar no São João

Com a proximidade dos festejos juninos, é grande a expectativa da população para este, que promete ser um acontecimento, com atrações renomadas no cenário nacional. A presença de um grande público esta sendo aguardada, em especial pelos ambulantes, que tem nas festividades a oportunidade de comercializar seus produtos, aumentando a renda após dois anos que ficaram impedidos de trabalhar por conta da pandemia.

Lusitânia da Silva Matos, conhecida como “Tânia do Kapeta”

No entanto, para que donos de barracas, isopor e afins possam comercializar seus produtos durante os cinco dias de evento, é cobrada pelo setor de tributos da prefeitura uma taxa de ocupação do solo. Mas a grande questão acerca do assunto, é com relação aos valores que foram divulgado este anos.

Alguns ambulantes estão revoltados com os valores e dividem opiniões entre os mesmos. Para a vendedora de coquetéis Lusitânia da Silva Matos, conhecida como “Tânia do Kapeta”, caso seja a primeira barraca da fila, seria um valor justo.

“Não sou contra o preço que o prefeito está cobrando não. Sou totalmente a favor, porém, ele sabe o lugar que todo mundo trabalha e sempre trabalhou todos os anos, eu não me importo de pagar, como a minha vaga, eu sou a primeiro ponto da festa todo ano, a mais de 18 anos que sou o primeiro lugar da festa, eu não me importo de pagar dois mil reais”, disse.

Já para dona Janete Lima, que trabalha como ambulante a cerca de quinze anos, os valores são absurdos, já que segundo ela vem pagando bem menos em outros municípios.

“Nunca foi tão caro, como está sendo cobrado agora. Estamos saindo de uma pandemia, quase ninguém tem mercadoria, foram dois anos parados sem vender nada, sem trabalhar. Passamos dificuldade, então agora seria o momento de termos uma ajuda nesse sentido”, disse.

Ainda segundo Janete, caso ela seja a segunda barraca como sempre foi, o seu valor será de 1.500 reais, mesmo correspondendo aos cinco dias de evento, fica puxado porque não se tem garantia de venda por cada dia e conseguir tirar o valor investido.

Josnel que também é ambulante, disse que nunca pagou um valor tão alto. “Claro que uma festa desse porte não seria 600 reais, como a gente pagava, mas também 2 mil é um valor absurdo. A gente não tem de onde tirar esse dinheiro”, afirma.

Em contato com a Secretária Municipal da Fazenda – Daniela Xavier, nos informou que está sendo feito credenciamento das barracas, e que haverá um sistema de pontuação, mas com relação aos valores cobrados não tivemos respostas.

Redação Jacuípe News

 

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