Ciro diz que governabilidade será conquistada com apoio de plebiscitos

Durante participação na sabatina realizada pelo Jornal Nacional da TV Globo, o candidato do PDT à Presidência da República, Ciro Gomes, foi questionado pelos entrevistadores a respeito do isolamento da sua candidatura, que não conseguiu o apoio de outros partidos e acabou formando uma chapa puro-sangue, e como pretende governar sem essas alianças e ter apoio no Congresso.

“Pretendo mudar não só o modelo econômico, mas o modelo de governança política”, respondeu o postulante ao Palácio do Planalto e criticou o presidencialismo de coalisão que, na sua opinião, “coloca o país em uma crise eterna”.

“Chamar de presidencialismo de coalizão, na expressão elegante do Fernando Henrique, ou nessa adesão vexaminosa e corrupta ao Centrão. (…) Então é a gente não chegar à conclusão que este modelo é a certeza de uma crise eterna. Lula para cadeia, Dilma cassada, Collor cassado, o PSDB nunca mais disputou a eleição nacional e o Bolsonaro desmoralizado agora”, ressaltou.

“Minha proposta é transformar a minha eleição em um plebiscito programático, para que a gente discuta ideias e isso diminui a distância entre o governo e as pessoas e, além disso, ampliar a aproximação com governadores e prefeitos. “Persistiu o empate neste ou naquele ponto? Chama o povo para votar diretamente, através de plebiscitos”, explicou.

Ciro, então, foi perguntado se ao fazer isso não estaria atuando como outros governantes da América Latina que governam dessa forma em uma estratégia populista e vivem em crise com os outros poderes. O cearense disse que um remédio para isso é olhar mais para modelos europeus de governar com plebiscito do que para a Venezuela.

“Eu acho o regime da Venezuela abominável. É muito clara a minha distinção com esse populismo sul-americano que o PT, infelizmente, replica aqui. É uma tentativa de liberar o Brasil de uma crise que corrompeu a Presidência da República. Chegamos ao limite das emendas do relator. Eu vi ontem o cidadão aqui falando que não tinha corrupção. A corrupção está se institucionalizando. O mais importante é estabelecer mediação com governadores e prefeitos que têm prevalência sobre os grupos de pressão. Vou libertar 15% das receitas de SP, RJ, MG e RS, que estão falidos. Vamos combinar um grande projeto de investimento”, disse.

Como parte de garantir a sua governança e modelo de governo, o pedetista se comprometeu a não tentar a reeleição, caso seja eleito. De acordo com ele, a expectativa de ser reeleito é que tem reproduzido um modelo corrupto de governo.

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