Um comunicado do Palácio de Buckingham já havia informado na manhã desta quinta-feira (8) que os membros da família real foram chamados para ir ao palácio de Balmoral, na Escócia, residência de férias onde Elizabeth II estava desde julho.
Ao início da tarde, outro comunicado, desta vez da emissora estatal, a BBC, dava conta de que outros posicionamentos sobre o estado da rainha só seriam emitidos após todos os familiares estarem junto à ente querida.
De acordo com o protocolo oficial, o funeral deve ocorrer na Abadia de Westminster, localizada na na capital inglesa, e seu corpo deverá ser sepultado na Capela de São Jorge, ao lado de seu pai.
Desde outubro de 2021, quando passou alguns dias internadas, por recomendação médica, a rainha ia a poucos compromissos oficiais, sendo representada diversas vezes pos outros familiares.
Em junho deste ano, na ocasião do Jubileu de Platina do seu reinado, a chefe de Estado sentiu um desconforto quando participava do desfile de abertura da festividade. Por conta disso, ela não pôde estar presente no do culto realizado na Catedral St. Paul.
Sua trajetória à frente do reinado teve início com a morte do seu pai, o rei George VI. Ao escolher o título pelo qual gostaria de ser chamada, ela optou pelo próprio nome, o mesmo da sua mãe.
Na época da posse, Elizabeth II já era casada com o príncipe Philip, o Duque de Edimburgo, morto em 2021. Os dois foram casados por 74 anos e tiveram quatro filhos: Charles, Anne, Andrew e Edward.
Devido ao posto como rainha, Elizabeth também era a chefe da Igreja Anglicana e das forças armadas britânicas. Ela foi a sexta mulher a assumir o trono britânico, aos 25 anos de idade.
A rainha era integrante da Dinastia de Windsor e ao longo da sua vida foi testemunha privilegiada de vários fatos da história mundial. Foi com ela que a monarquia atingiu um patamar pop. São de seu tempo acontecimentos como a transmissão de sua coroação em cadeia nacional e a produção de um documentário que mostrava a rotina da realeza.
Apesar de bem relacionada, “Lilibet”, construiu uma extensa lista de desafetos. Entre os embates que se tornaram públicos estão princesa Diana, a ex-primeira-dama dos Estados Unidos Jackie Kennedy e a ex-ministra do Reino Unido Margaret Thatcher.
Enfrentou ainda grandes mudanças políticas no decorrer das últimas sete décadas, a exemplo dos problemas na Irlanda do Norte, a descolonização do continente africano e, mais recentemente, a saída do Reino Unido da União Européia, com o Brexit.
A linha sucessória atual ao trono começa por Charles, o primogênito:
- Príncipe de Gales: príncipe Charles (1948);
- Duque de Cambridge: príncipe William, primogênito de Charles (1982);
- Príncipe George de Cambridge (2013);
- Princesa Charlotte de Cambridge (2015);
- Príncipe Harry de Gales, filho mais novo de Charles (1984);
- Duque de York: príncipe Andrew, segundo filho da rainha Elizabeth (1960);
- Princesa Beatrice de York, filha mais velha de Andrew (1988);
- Princesa Eugenie de York, filha mais nova de Andrew (1990);
- Conde de Wessex: príncipe Edward, filho mais novo da rainha Elizabeth (1964);
- Visconde de Severn: James Windsor, filho de Edward.
O substituto ou substituta deverá ascender ao trono ainda nesta quinta. A cerimônia de coroação só deve acontecer posteriormente. O rosto da pessoa escolhida deverá estampar a nova versão da moeda britânica, assim como selos, passaportes e uniformes oficiais.
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