A polícia Militar da Bahia pode entrar em greve a partir do mês de setembro, caso o governo do estado não sente para negociar com a categoria. A informação é do cabo PM dos Anjos, presidente da Associação de Policiais e Bombeiros e de seus Familiares do Estado da Bahia (Aspra). Segundo o cado da PM, uma assembleia foi realizada na última sexta (16), onde ficou decidido que o governo tem 24 dias para chamar os representantes dos policiais e bombeiros e iniciar um diálogo.
“Isso é importante, pois desde 2014, quando o governo descumpriu um acordo do movimento, não houve mais nenhum tipo de diálogo, o governo vem se furtando a fazer essa conversa com a categoria e de lá pra cá as coisas vem piorando para os policiais e bombeiros, como também para os servidores públicos, como é o caso do Planserv, que para um simples atendimento, é preciso entrar na justiça. Especificamente os policiais e bombeiros, tem o caso do estatuto e do código de ética que foi negociado desde 2013, foi produzido esses dispositivos na mesa de negociação com o governo e só foi colocado o que foi unanimidade na mesa. O governo prometeu levar isso para a Assembleia Legislativa e não cumpriu”, afirmou.
De acordo com o cabo PM dos Anjos, a categoria está articulando esse diálogo, protocolando documentos na governadoria, mas não estão sendo atendidos e nem têm nenhuma resposta do governo do estado, o que, conforme informou, tem causado insegurança dentro da corporação.
“O governador falou que poderia aumentar a previdência para 22%, já saiu de 12 para 14, o que significaria um aumento real de mais de 16%. Enquanto isso, nos últimos seis anos não houve nenhum reajuste no salário dos servidores, então ao invés de fazer uma correção na inflação, nós estamos tendo perda salarial”, disse.
Uma nova assembleia será realizada no dia 11 de setembro e o presidente da Aspra informou que a categoria está esperando que o governo use de bom-senso e chame para conversar. Segundo ele, a assembleia da categoria, tem autoridade para decretar uma greve ou para esperar mais um tempo, mas informou que se o governo não quiser sentar com os trabalhadores para conversar e tentar resolver, será complicado continuar sem greve.
“O que a gente tem para clamar são as assembleias, de todas as formas que tentamos, o governo não nos atendeu, então as assembleias servem para que o governo do estado repense seus posicionamentos e a sociedade nos entenda. A gente entende que o momento é de crise e que existem dificuldades financeiras, mas queremos abrir o diálogo para que numa perspectiva futura, tenhamos as soluções para nossos problemas que já vem de muito tempo. Queremos que o governador abra as portas para negociação”, frisou.
Com informações do repórter Aldo Matos do Acorda Cidade
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