A Justiça de São Paulo aceitou na segunda-feira (10) o pedido de recuperação judicial da Máquina de Vendas, empresa controladora da rede Ricardo Eletro.
No pedido, a empresa lista como motivos para a recuperação jidicial a queda de faturamento causada pela situação econômica do país de 2014 a 2016. Também é citada a recusa dos credores de disponibilizar novas linhas de crédito que ajudariam a empresa a ter fluxo de caixa em suas atividades.
A controladora da Ricardo Eletro diz também que o fechamento das lojas físicas por conta de ações de despejos, tendo como consequências as rescisões de contratos de trabalho e o aumento de seus custos operacionais, acabaram por minar sua capacidade de recuperação. A pandemia do novo coronavírus agravou a situação, argumenta.
Na decisão, o juiz Tiago Limongi, da 1ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais de São Paulo, reconhece que os documentos juntados aos autos comprovam que as requerentes preenchem os requisitos legais para requerimento da recuperação judicial dos artigos 48 e 51 da Lei 11.101/2005, suficientes para o deferimento do processamento da recuperação judicial.
Agora, a controladora da rede tem 60 dias para apresentar um plano de recuperação judicial, que precisa ser submetido aos credores em assembleia.
Por conta da crise que vive, a Ricardo Eletro fechou 300 lojas em 17 estados, demitindo 3,6 mil funcionários. A empresa tem uma dívida que supera os R$ 4 bilhões.
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